José Nuno Leite (Zé Nuno)

José Nuno Leite (Zé Nuno)

Música
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O que te fez escolher a RockSchool Porto?

Eu entrei para a RockSchool Porto, na altura JAHAS - Academia de Artes, em 2011. Tive o primeiro contacto a uma sexta feira à noite, quando decorria o combo de sextas e, imediatamente, disse à minha mãe "eu quero estudar aqui". Fui visitar a escola, porque ia fazer o meu primeiro exame RockSchool no dia seguinte, sábado. A energia que se podia sentir, a dedicação de ambos professores e alunos, 3 baterias, 5 guitarras, trompete, saxofones, cantoras e cantores, logo me fascinou e eu soube, desde início, que queria fazer parte daquilo. Assim continuei por mais 7 anos, começando só por tocar bateria nos combos, depois ter aulas de bateria e mais tarde guitarra.

 

Como foi a tua experiência na RockSchool Porto?

Tendo entrado perto da data de abertura da escola, posso dizer com confiança que vivi as 3 fases bastante distintas pelas quais a RockSchool Porto passou. Uma montanha russa em termos de organização até assentar nesta mais recente fase que podemos ver hoje. Um crescimento brutal em termos de instalações, oportunidades para jovens e, na minha perspetiva, proporciona o mais completo ensino pré faculdade. A RockSchool Porto, no meu ponto de vista, prepara o músico para uma situação real da indústria musical, onde os imprevistos acontecem e há que estar preparado para lidar. Quando se é novo, o importante é tocar muito ao vivo, seja onde for e para quem for. Ganha-se muita experiência, aprendemos a lidar com todo o tipo de pessoas e com nós próprios, desenvolvemos a nossa voz musical e a aprendemos a respeitá-la. Para se ter alguma noção da grande evolução do investimento feito nas instalações, antes não havia um amplificador bom de guitarra, um cabo que não precisasse de um 'jeitinho' para funcionar, uma sala acusticamente tratada, uma porta que não estivesse rachada. Hoje em dia, a RockSchool Porto possui o seu próprio estúdio de gravação, equipado com o material de última geração, permitindo aos alunos gravar o seu single de ouro a 2 passos de distância da aula de guitarra. Não posso deixar de mencionar o meu professor de guitarra, Francisco Rua. Devo a ele grande parte do meu progresso enquanto músico, pessoa, compositor, produtor. O Francisco moldou a minha voz como guitarrista, motivou-me a criar métodos de estudo, da forma mais humilde possível. Se eu não aprendesse o que tinha de aprender para a aula seguinte ele não se chateava. Ficava desiludido, e desiludir alguém passou a pesar mais na minha consciência do que perturbar a boa disposição da mesma.

 

Define a RockSchool Porto em algumas palavras.

Inovadora, criativa, amigável, motivacional e moderna.

 

O que te inspira?

A minha principal inspiração quando trabalho com artistas ou outros músicos é a “fome” por criar algo novo, fora da caixa. Procurar o fator “uau” nas canções que escrevemos. Gosto de quase todos os géneros de música, ouço quase de tudo e divirto-me a tocar estilos bastante distintos também. Ultimamente tenho me focado mais no Acid Jazz e uma boa canção que faça as pessoas dançar com o corpo, sem sair do sítio é algo que me tem motivado a criar nos últimos tempos. A sensação de nostalgia é muitas das vezes algo que procuro obter em algumas composições, também.

 

Quais os teus objetivos futuros?

O objetivo primordial é sempre igual para todas as áreas, diria: viver com estabilidade emocional e financeira. Na minha área, eu diria que a chave para o sucesso é respeitar para ser respeitado e ser reconhecido como uma pessoa fiável, humilde, confiante do que é capaz e, em termos mais específicos como guitarrista, com um bom som, bom gosto musical, bom toque, respeito pelo espaço dos outros, quer fisicamente, quer musicalmente. Como disse Rui Veloso numa entrevista: “a figura mais importante na música é o silêncio”. E por último, caça ao Grammy.

 

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